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Antônio Marcos da Silva de Oliveira, popularmente chamado de ‘Maza Fishing’, ficou conhecido nacionalmente nesta semana após encontrar uma sucuri com cerca de sete metros, morta no Rio Dourados, em Deodápolis.
O vídeo, que circulou por várias páginas nas redes sociais, chamou a atenção porque o animal estava com uma presa entalada no corpo e boiando no rio. A cobra foi encontrada por um grupo de pescadores na segunda-feira, 24 de abril.
Maza relata que a primeira sensação ao encontrar o animal foi de tristeza, “olha o tamanho desse bicho. É uma pena ver isso na natureza, um animal, que muitas vezes não faz mal ao ser humano”, comenta o guia de pesca no vídeo gravado e postado.
Publicitário de profissão e criador de conteúdo digital sobre o ‘mundo da pescaria’, Maza conta que já encontrou animais da mesma espécie vivos, até mesmo com as presas, por isso foi triste presenciar a cena da sucuri morta em meio ao rio.
“Se você respeitar o espaço dela e o seu, é muito improvável que ela veja a gente como presa”, afirma o guia de pesca.
O grupo de pescadores lamentou encontrar o animal morto, registrou o fato e foi embora do local.
Pescaria no sangue
Maza conta que começou a pescar como passatempo há cerca de nove anos, porém, a paixão pela pescaria está no sangue da família e foi uma “herança” que passou do avô, para o pai e os tios dele.
E o que começou como uma diversão se tornou profissão. Hoje, o pescador se tornou guia profissional e é referência nacional na captura de Dourado e Pintados ‘gigantes’.
Inclusive, ele já ganhou dois recordes sul-mato-grossenses, a nível nacional, pela BGFA [entidade privada Brasileira que cria regras e critérios técnicos para homologação de recordes de peixes].
As premiações ocorreram pela captura de um Dourado de 94 cm e de um Surubim Pintado, de 153 cm.
O guia comenta que tem olho clínico e sempre se depara com animais durante as pescarias.
Além dos bichos mais comuns, como capivaras, antas, jacarés e as cobras, também já encontrou onça-pintada e onça-parda, entre outros, no Rio Dourados.
Antônio Marcos também trabalha em uma empresa de comunicação visual e a pescaria é uma segunda fonte de renda, por isso, além da paixão pelo esporte, pesca principalmente aos finais de semana para atender os turistas.
Ele comenta ainda que antes pegava peixe e consumia, mas depois se adaptou para pescador esportivo, “a minha operação é a primeira do Rio Dourados em pesca com esportividade, com iscas artificiais, totalmente pesca e solte, a minha operação não abate peixes. A gente tem o privilégio de soltar”, enfatiza.
*Foto interna: Momento em que Maza encontrou a Sucuri morta no Rio Dourados