O deputado federal  (PT) disse que falas do presidente Luiz Inácio  da Silva (PT) não tiveram intenção de ofender, mas que o Chefe de Estado brasileiro poderia se desculpar. Em discurso, Lula comparou as ações de Israel com as de Hitler, durante extermínio aos judeus na 2ª Guerra Mundial.

“Penso que o presidente Lula poderia se desculpar com os judeus que eventualmente tenham se ofendido por sua fala, embora tenha ficado claro que o objetivo dele não foi esse, mas sim repudiar e condenar a sangrenta e brutal ação do governo de  – não confundir com o Estado de Israel – que, a pretexto de se defender dos ataques terroristas do Hamas, destruiu Gaza e matou dezenas de milhares de mulheres e crianças”, disse.

Opositores colhem assinaturas para protocolarem pedido de impeachment contra Lula. Rodolfo Nogueira (PL) e Marcos Pollon (PL) afirmaram que vão assinar pedido na Câmara dos Deputados em .

Israel declara Lula como ‘persona non grata’

Em Adis Abeba, na Etiópia, Lula disse que não há outro paralelo ao que está ocorrendo em Gaza a não ser o que foi feito durante a Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. “O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.

Após as falas, o governo de Israel declarou nesta segunda-feira (19) que Lula é uma “persona non grata”. “Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma ‘persona non grata’ em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate”, escreveu o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, nas redes sociais.

Conforme o g1, mais de 24 mil pessoas já morreram no conflito, que começou no início de outubro de 2023.

O termo “persona non grata” (alguém que não é bem-vindo, em tradução livre) é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo. O termo foi descrito no artigo 9 da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas.

Katz afirmou também que “a comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que exterminaram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”.

Lula estaria relutando em pedir desculpas e convocou ao Brasil o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer.

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