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Transparência Mesmo esquema: primo de Beto Pereira é réu com despachante que tenta delatar corrupção no Detran-MS Elo entre esquemas, despachante David Chita quer acordo com MPMS e diz que repassou R$ 1,2 milhão de propina do Detran-MS para Beto Camp

Publicada em 01/10/24 às 07:06h - 45 visualizações

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Transparência Mesmo esquema: primo de Beto Pereira é réu com despachante que tenta delatar corrupção no Detran-MS Elo entre esquemas, despachante David Chita quer acordo com MPMS e diz que repassou R$ 1,2 milhão de propina do Detran-MS para Beto Camp
 (Foto: RadiowebIvinhema.com.br)
Primo de Beto Pereira, Joaci é réu por fraudes no Detran-MS de Rio Negro (Montagem: Henrique Arakaki e Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax / detalhe Joaci, Divulgação)

Mais um parente de Beto Pereira, candidato do PSDB à Prefeitura de Campo Grande, está implicado no esquema de corrupção no Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) que seria supostamente chefiado pelo deputado federal tucano. O ex-prefeito de Rio Negro, Joaci Nonato Rezende, é primo de Beto e se tornou réu junto com o despachante David Cloky Hoffaman Chita por fraudes na agência de Rio Negro do órgão.

David Chita, despachante que está foragido e tenta um acordo de colaboração com o MPMS (Ministério Público Estadual de MS), seria o elo entre o comando de Beto Pereira e outros integrantes da suposta quadrilha. Hoffaman garante que tem como provar que Beto passou a chefiar o esquema em janeiro de 2023 recebendo propina para suposto caixa não oficial de campanha em troca de blindagem e nomeações para facilitar o esquema.

Foi assim que teria colocado a prima Priscila Rezende de Rezende, nomeada no cargo estratégico de diretora de registro e controle de veículos do Detran-MS, para ajudar na facilitação das fraudes. Além de Priscila, que também é de Rio Negro, outro parente de Beto acabou no Detran.

Joaci Nonato Rezende já foi prefeito de Rio Negro entre 2005 a 2012, e depois do mandato foi nomeado como gerente da agência do Detran-MS na cidade, a 150 quilômetros de Campo Grande. Assim, desde 4 de maio de 2017, em decreto assinado pelo então governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Joaci tem o cargo em comissão no órgão estadual onde o esquema de corrupção, segundo David, ganhou ‘fôlego’ após Beto Pereira assumir a chefia do esquema.

influência para facilitar as fraudes no Detran e blindar o esquema, Chita faria pagamentos mensais que chegariam a R$ 300 mil para o caixa não-oficial da campanha do PSDB à prefeitura de Campo Grande.

Assim como no esquema denunciado por Hoffaman, o foco da quadrilha comandada por Joaci era a necessidade de proprietários de caminhões regularizarem o 4º eixo. Então, despachantes abordavam os empresários e solicitavam determinada quantia para liberarem as restrições. Os valores eram usados para pagamento de propinas a servidores e divisão entre os integrantes do grupo.

No entanto, operações policiais esbarravam em empecilhos ao tentar chegar aos ‘padrinhos’ do esquema. No histórico das investigações, há até implicados no esquema que nunca chegaram a ter o mandado de prisão cumprido e, mesmo assim, conseguiram a revogação da ordem.

Além de Joaci, primo de Beto, e do despachante David, que tenta delatar Beto, estão implicados na ação criminal pelo esquema em Rio Negro Gênis Garcia Barbosa, Eufrásio Ojeda e Abner Aguiar Fabre.

Condutas reiteradas

No decorrer das investigações que levaram até a Operação Miríade, um comunicado interno da Corregedoria do Detran-MS, de 11 de janeiro de 2023, indica Joaci como conhecido pela forma fraudulenta como alterava características de veículos no

registro de veículos em 17 de janeiro de 2023. Logo depois, em 23 de janeiro, saiu nomeação de Juvenal de Assunção Neto para cargo de diretor-adjunto. Por fim, em 2 de fevereiro, Yasmin Osório Cabral é nomeada. Ela está em prisão domiciliar por fraudes no sistema.

Beto Pereira com Reinaldo Azambuja e Juvenal Neto (Edson Ribeiro, Assomasul)

Conforme a denúncia, o acordo seria uma troca. Beto Pereira usaria sua influência para facilitar o esquema dentro do Detran-MS e blindagem em troca de pagamentos mensais para turbinar o caixa não-oficial de sua campanha.

Hoffaman revelou que repassou ao menos R$ 1,2 milhão do dinheiro sujo para Beto Pereira usar na campanha política.




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