O ex-goleiro Bruno, condenado por matar e ocultar o corpo da namorada Elisa Samudio, deve ao filho que teve com ela R$ 5 milhões de pensão alimentícia. Desde setembro de 2022 o garoto não recebe o valor de dois salários mínimos mensais, estipulado pela justiça.
Conforme entrevista concedida ao site Extra, a mãe de Elisa afirmou que o neto está sendo prejudicado. “A Eliza morreu tentando garantir os diretos do filho dela, o que nunca aconteceu. Sigo correndo atrás da mesma coisa e o Bruninho continua sendo negligenciado', disse Sônia Moura, avó de Bruninho Samudio.
Segundo publicado pelo Extra, com a mudança do adolescente para o Rio de Janeiro, onde treina como goleiro, nas categorias de base do Botafogo, o processo corre há anos na justiça e será tramitado na cidade. “Vai voltar para onde tudo começou', lamentou Sônia.
Em 2022, o ex-goleiro chegou a fazer uma rifa de camisas autografadas para pagar alguns meses de pensão, pois corria o risco de ser preso pelo não pagamento. Desde então não fez qualquer movimentação para a conta do filho e tem desde 2023 uma sentença de execução para a penhora de bens que possam arcar com parte do montante. Acontece que Bruno não tem bens em seu nome.
Sítio Esmeralda – O sítio Esmeralda (MG), onde Elisa passou seus últimos dias de vida trancafiada com o filho, enquanto Bruno e seus comparsas arquitetavam o crime, foi vendido e o valor dividido entre o goleiro e sua ex-mulher, com quem tem duas filhas.
Uma pequena parte do dinheiro foi para Bruninho. O dinheiro da venda foi utilizado para pagar os advogados que acompanham o processo do menino desde a prisão do goleiro.
Em 2011, já com bens bloqueados, Bruno vendeu um apartamento que tinha em um condomínio na Zona Oeste do Rio de Janeiro, numa tentativa de não ter que pagar nada para o filho. O comprador chegou a morar no imóvel, mas o negócio foi desfeito pela Justiça. O imóvel vale hoje aproximadamente R$ 1,5 milhão e deve ir a leilão judicial para custear parte da dívida.
Além das pensões, o ex-goleiro deve ao menino uma indenização por danos morais que já ultrapassa R$ 1 milhão. Bruno entrou com vários recursos para se livrar do pagamento, mas perdeu em última instância no STF (Supremo Tribunal Federal).
Crime - Eliza Samudio foi assassinada pelo ex-goleiro em fevereiro de 2010, mas seu corpo nunca foi encontrado. Pelo crime, Bruno cumpre pena em regime aberto enquanto o seu filho é criado por Sônia Fátima Marcelo da Silva Moura, mãe de Eliza Samudio. Sem receber a pensão do ex-goleiro e passando por dificuldades financeiras, Sônia chegou a organizar vaquinha em 2022 para arrecadar dinheiro e ajudar na criação do garoto.
