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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (10) a Operação Arraial São João, em Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, após investigações do incêndio aos fundos da festa que aconteceu em junho deste ano. O vídeo do fogo viralizou nas redes sociais.
O incêndio que ficou conhecido como ‘Muralha de Fogo’ teria sido provocado – criminoso- por uma família, que é alvo da operação. São cumpridos mandados de busca e apreensão contra seis pessoas de uma mesma família.
Os alvos são acusados de terem iniciado o incêndio em uma área de propriedade da União. Outro integrante que também é investigado, está preso preventivamente por outro crime.
De acordo com informações, a família explora ilegalmente a região para a criação de gado. Segundo a PF, o fogo começou em 1º de junho e se estendeu, causando estragos em uma área estimada de 6,5 mil hectares.
A perícia da Polícia Federal identificou que aproximadamente 30 mil hectares do bioma pantanal foram queimados por ação dos investigados. A catástrofe ganhou grande repercussão, tendo em vista que o ápice das queimadas ocorreu no final de semana do Arraial São João, tradicional festa junina de Corumbá, revelando imagens impactantes enquanto a margem do Rio Paraguai ardia em chamas.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de provocar incêndio em mata ou floresta, desmatar e explorar economicamente área de domínio público, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa.
Vídeo do incêndio que atinge o Pantanal, publicado em uma rede social mostrando o contraste da realidade da cidade de Corumbá. O vídeo acumulou mais de 370 mil visualizações.
Enquanto as chamas consomem a vegetação em uma margem do Rio Paraguai, do outro lado, a população da cidade aproveita o tradicional Arraial do Banho de São João.
Na época os comentários sobre o fogo viralizaram na internet. “Nem precisaram fazer fogueira”, comentou um dos internautas, Jullio Cardia. Outro comentário diz: “um misto de Titanic com (o filme) ‘Não olhe pra cima’”, afirma Mariana Glasner. Outro usuário, identificado como Anderson, compartilhou que já morou na cidade. “Eu morei em Corumbá e infelizmente é muito comum queimadas nessa época do ano, é comum “nevar” cinzas por causa dessas queimadas, mas o povo não pode deixar de viver por causa disso”, pontuou.