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Uma licitação milionária realizada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) tem indícios de direcionamento que supostamente resultou em sobrepreço. Após abandonar a obra das Promotorias de Justiça em Corumbá, a 427 km de Campo Grande, o Ministério Público resolveu retomar a construção, pela 4ª vez.
Para isso, abriu licitação para avaliar a melhor proposta. No entanto, desclassificou empresa que ofereceu o melhor preço e escolheu proposta para pagar R$ 402.275,48 mais caro. Assim, serão R$ 8.599.123,94 de dinheiro público gastos com a obra, que deveria ter custado R$ 4,4 milhões em 2017, quando foi iniciada.
Conforme documentos aos quais o Jornal Midiamax teve acesso, o MPMS não aceitou um atestado de capacidade técnica apresentado pela empresa.
Para estar habilitado no certame, era necessário que a empresa apresentasse atestados de capacidade técnica, ou seja, comprovações de obras executadas que somem ao menos 1.072,715 m², que corresponde a 50% da área da obra do MPMS em Corumbá.
ano seguinte. “Adotadas as providências de cunho administrativo exigíveis, os serviços foram reiniciados, inclusive o refazimento das obras inadvertida e inadequadamente efetivadas”, destacou o MPMS.
Mais uma vez, quando se executava as obras das vigas baldrame da sede, a contratada “mostrou indicativos de que se encontrava em situação financeira complicada, como atraso no pagamento de salários e escassez de material no canteiro de obras”. Então, houve mais uma vez a rescisão contratual.
“Assim, dessumi-se que não há mero acaso nos acontecimentos sucedidos em ambas as contratações predecessoras, tão somente a submissão imprudente e irresponsável, por parte de particulares, de propostas inviáveis sob o aspecto econômico-financeiro, desponderadas as especificidades locais mormente relativas a logística e mão de obra”, frisa o documento.