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O dono de uma rede de lojas de venda de pneus que foi preso em março deste ano, após aplicar golpes na venda de pneus, em Campo Grande, foi indiciado por associação criminosa, estelionato e difamação, contra uma delegada.
O indiciamento aconteceu em outubro deste ano. Conforme o inquérito do delegado Giuliano de Biaccio, “Frisa-se que os procedimentos foram realizados na modalidade indireta (fls. 253/270) em atenção aos princípios da economia e celeridade processuais, perfeitamente aplicáveis em sede investigatória, já que os investigados já foram ouvidos e deram sua versão dos fatos de forma pormenorizada, todos acompanhados de advogado, não havendo prejuízo, em última análise, ao exercício da ampla defesa.”.
“Além da prática dos crimes de estelionato, apropriação indébita e associação criminosa robustamente comprovados, o investigado também praticou o crime de difamação contra funcionário público no exercício de suas funções, porquanto na data de 06/03/2024 concedeu entrevista a um jornal e afirmou que a Delegada de Polícia JOILCE SILVEIRA RAMOS – responsável por sua autuação em flagrante:”Essa delegada é uma mentirosa e eu vou provar isso.”.
O dono de uma oficina mecânica, de 62 anos, foi preso pela polícia no dia 4 de março, após um desentendimento com uma cliente, de 46 anos, em seu estabelecimento no bairro Vilas Boas, em Campo Grande.
A polícia foi acionada para atender a uma ocorrência de estelionato no estabelecimento. Ao chegar ao local, a vítima – acompanhada de advogada – informou que deixou seu carro para que fosse realizada troca de pneus, quando, em certo momento, houve um desentendimento comercial.
As autoridades policiais verificaram o veículo e constataram que o mesmo estava com registro de busca e apreensão. Por isso, ele foi levado para a Defurv (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos).
Enquanto a equipe aguardava o guincho, o proprietário da oficina, alterado, tentou coagir a equipe dizendo que faria contato com um suposto coronel. Ele teria sido relutante em permitir a remoção do carro de forma pacífica.
Segundo apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, o estabelecimento aplicava golpes em seus clientes há algum tempo. Centenas de consumidores relataram no site Reclame Aqui que era cobrado de R$ 3 mil a R$ 4 mil a mais para realizar a troca de pneus.
O cliente deixava o carro e saía do local para aguardar o conserto. Contudo, ao retornar para buscar o veículo, os funcionários alegavam que teria desempenado a roda e trocado amortecedor, por isso, a pessoa teria que pagar pelo serviço realizado.
Diante dos fatos, o dono do estabelecimento foi preso e levado para a Depac-Cepol, onde prestou esclarecimentos.