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Em uma visita rápida ao bairro Moreninhas IV, região com fios pendurados em quase todas as quadras, a reportagem do Jornal Midiamax conversou com a professora Helizane Junqueira. Ela nos explicou que, no início de dezembro, um caminhão passou pela rua da sua casa e arrastou toda a fiação que cruza a via.
Isso aconteceu por dois motivos, explica a educadora. O primeiro, é que os fios de internet e telefonia já estavam baixos e, mesmo pedindo aos técnicos que arrumassem, isso nunca ocorreu. O segundo, é que o caminhão era muito alto.
Em junho de 2024, o deputado estadual Paulo Duarte (PSB) chegou a encaminhar uma indicação para o problema de fios e equipamentos inativos ou clandestinos que ainda ocupavam a estrutura de postes de energia em Mato Grosso do Sul.
O pedido foi encaminhado para a Anatel, Aneel, Energisa e para a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul). A indicação previa a retirada ou manutenção de toda fiação em desuso, além de responsabilização das empresas que eventualmente tivessem fiações em desuso causando danos à população.
A partir da denúncia, em setembro, a Lei Estadual nº 6.310 entrou em vigor, obrigando empresas a retirarem fios inativos dos postes, após o cancelamento do serviço
veículo de grande porte se enrosca na estrutura de telefonia e internet porque os fios estão abaixo do padrão ou obsoletos no poste. Conforme ele passar, vai acabar rompendo um cabo de energia elétrica ou derrubando postes, interrompendo fornecimento da energia”, pontua.
Com a Lei em vigor desde setembro, a Energisa tem realizado ações pontuais de remoção dos fios que estão em desuso nos postes do Estado. Conforme João Ricardo, a ação acontece em conjunto com o Poder Público e as empresas de telefonia e internet responsáveis, após notificação.
“Em Campo Grande, começamos pela região central, que realmente é uma região que sofre bastante com poluição visual e fizemos algumas remoções desses ativos. De resultado disso, já retiramos cerca de 18 km de cabos e um total de quase 1 tonelada, quando colocamos isso em peso”, explica o coordenador.
Além de coibir eventuais acidentes e minimizar o impacto visual do aglomerado de fios, a ação tem foco no combate aos clandestinos, que são empresas que instalam cabos sem aprovação junto à Energisa. O coordenador explica que pela normativa, cada fio dessas empresas precisa estar com as suas placas identificadoras. Caso não haja, durante a ação, os cabos são removidos.
Isso porque, para que as empresas possam compartilhar da infraestrutura, é necessário estar homologadas pela Anateel, órgão que rege toda a parte de telecomunicações.
Acionar a Energisa para solucionar o problema de fios pendurados pode parecer o caminho mais simples, porém, a orientação é que o consumidor acione seu provedor de serviço antes.
Caso o problema não seja sanado e os fios ofereçam risco para o tráfego do local, a Energisa pode ser acionada. Mediante identificação, ela poderá notificar a empresa responsável.