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De Mato Grosso do Sul, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, foi alvo de denúncias de assédio moral. A CGU (Controladoria-Geral da União) encaminhou para a Comissão de Ética Pública da Presidência da República supostos casos de assédio moral envolvendo a ministra.
Conforme a denúncia, há relatos de servidoras, que gravaram as situações, sendo ameaçadas de demissão, cobradas de trabalho em curto prazo, tratamento hostil, manifestações de preconceitos e gritos.
Em nota divulgada para a imprensa, a CGU diz que não tem competência para atuar e que foi repassado para a comissão de Ética do Governo Federal.
Por outro lado, o Ministério das Mulheres, afirmou que nenhuma das acusações foi registrada formalmente nos canais de denúncia da corregedoria da pasta, assim como não teria sido notificada sobre denúncias realizadas em outros órgãos.
Segundo divulgado à imprensa, as servidoras que denunciaram a ministra alegam que os problemas começaram a partir do desentendimento de Cida Gonçalves com a então secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política, Carmen Foro.
Carmen foi exonerada no dia 9 de agosto de 2024, sob argumento da ministra de que ela não era uma “boa gestora”. Três dias depois, Cida Gonçalves convocou uma reunião com os cerca de 30 servidores da área.
As denunciantes, que estavam nesse encontro, relatam terem ouvido frases da ministra que foram entendidas como ameaça.
Em uma das denúncias, Cida diz: “aqui tem hierarquia. Eu não posso afrontar o presidente, e nenhuma secretária pode me afrontar. Pode discordar, é diferente. […] Se vocês acham que eu não sei o que acontece nos corredores, eu sei. Cara, eu sei de tudo.”, descreve o documento.
Outras três pessoas, que ocupam cargo de chefia no Ministério das Mulheres, também foram denunciadas. No entanto, a CGU justificou que, “quanto às demais pessoas envolvidas, as denúncias não apresentaram elementos suficientes que indicassem possíveis infrações disciplinares”. Diante disso, os autos foram arquivados por ausência de materialidade.
Segundo a CNN, a Comissão de Ética Pública do Governo Federal informou que apura o caso. O Ministério das Mulheres reforçou ser contra discriminação e ressaltou que dará andamento a qualquer denúncia formalmente registrada nos canais.